2000 e doze

2012 será como todos os outros anos de nosso século, um ano de 12 meses e não apenas de 12 horas no relógio de seu pulso e mais doze no de sua parede. A matemática do tempo em questão se tornará então mais um espaço de tempo oportuno do calendário gregoriano para que haja transformação ou desenvolvimento em seus tantos anos iguais vividos até aqui.

Parece-me que o clima de Réveillon, presente em todos os corações que com alegria o conseguem festejar no dia hoje, se assemelha bastante a todos os escribas versados no reino dos céus e aos pais de família que tiram dos seus depósitos cousas novas e cousas velhas (Mt 13:51-52).

Coisas novas, para substituir as caducas que não mais servem de uso em nossa existência e que caíram em obsolescência e esclerosamento, isto é, elementos que não podem mais medir, aferir, consertar e embelezar nada; valores que não valorizam mais ninguém.

Coisas velhas, para serem usadas como deveriam ser em todos os momentos. Que enferrujam, mas a traça não come. Que se quebram, mas são coladas com facilidade. Aqui posso dar exemplos: falo do amor, da paz, da fraternidade, da alegria e da sublime felicidade.

Desejo-lhe então não um maravilhoso minuto de virada de ano, com fartura de comida, bebida, sorrisos e fogos, mas aspiro a você ótimos 300 e poucos dias de manutenção, estabilidade e conservação deste minuto final de 2011.

A você, sem saber quem lê...

um feliz 2012, com prazer, com vida, com graça e sem o fim do mundo!

Patologia na crítica

           A crítica é uma avaliação metódica e prática que é feita de forma correta quando é baseada na comparação da informação a ser criticada com uma fonte onde naturalmente as informações são de cunho confiável para o crítico. No entanto, quando ela se torna cotidiana, detalhista e tirana no manuseio de seus usuários, está na hora de se repensar a seu respeito.
          Já dizia o provérbio chinês: Prego que se destaca é martelado. E para tanto, é surpreendentemente necessário o uso da crítica saudável e construtiva no mainframe da sociedade e em especial nas ferramentas da mídia. Sem ela, não há mudança das mazelas, nem reflexão da população e muito menos há ações da corte nacional, que por se omitir e detestar tal análise de seu desempenho, atrai cada vez mais os bobos da corte da Televisão Brasileira, das Charges, jornais e veículos de informação que torturam os políticos e seus Perus e banquetes.
          Sendo assim, todos os dias nascem nos canais e anais da Internet, novos rostos pops que querem ter o título de críticos em potencial das doenças sociais. Só que esta tal maternidade de neo-intelectuais que está se formando no âmbito da tecnologia da informação, aparenta realmente positividade, mas já está saturada, porque ela mesma não se critica e ninguém faz isto em seu lugar. O humor não tem mais limites; a vulgaridade de alguns programas nunca os teve; O sensacionalismo se espalha por todas as redes da TV e sobretudo pelas redes sociais. Não se olha mais a defesa do criticado, porque isto não é crítica, é julgamento absolutista de uma inquisição sem precedentes.
          Por isto, neste momento advirto a todos os que se autodenominam estes examinadores dos fatos que ocorrem em nosso país, que é preciso aprender a elogiar quando se faz direito, a bater palmas quando se há honestidade e a apertar a mão daqueles que se destacam para o bem. Falemos de tudo com ponderação, bom senso e ética, respeitando a dignidade da pessoa humana, o bem-estar, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, ou seja, não façamos como aqueles que criticamos.

Evanjegues

         Há décadas é corriqueiro entre a população Pentecostal e suas “neo” vertentes um equívoco que tem transformado muitos cristãos em escravos da diferença. “Ser luz do mundo e sal da Terra” não quer dizer “ser diferente dos homens”, mas sim “não AGIR PECAMINOSAMENTE como eles”, pois do contrário, “...teríeis de sair do mundo.” (1 Co 5:10).
        Roupas, acessórios, lugares, costumes, gostos e aspectos naturais e positivos da nossa cultura e que são comuns a todo o povo e não só aos não-crentes, diversas vezes são repudiados pelos “sim-crentes” como imundos e intocáveis. É óbvio que há aspectos sobremodo negativos em algumas tradições que em determinados momentos da história não podem se misturar ou serem incluídos no rol de diretrizes cristãs (Gn 35:1-4), por isto, é preciso que se avalie para reter o que é bom (1 Ts 5:21). No entanto, o simples fato de ser uma prática ou um comportamento cotidiano das pessoas em geral, já é motivo suficiente para o que o Pentecostalismo caracterize os seus usuários como dalits da sociedade Brasileira, que pertencem à casta dos escarnecedores.
         Daí, proíbem mágicas (arte), jogos e apostas (entretenimento), esportes (lazer) e etc. Sem falar na Televisão e na Internet que são enxergados como agentes de Satanás por muitos líderes evangélicos, que impõem sobre a cerviz dos discípulos um jugo que ninguém pode suportar (At 15:10). Uns dizem que tais limites são devidos a possíveis vícios, entretanto, estes se esquecem que são escravos da janta, do Café, do sofá, do carro na garagem e da carne que jamais pode faltar em suas refeições devido a impossíveis abstinências. Outros afirmam que tais proibições existem por causa de advertências em textos bíblicos, e assim esquadrinham detalhe por detalhe das minúcias paulinas, procurando apoios para SUAS doutrinas, moldando assim os fatos para apoiarem as suas próprias conclusões. Sabendo disto, o mesmo Paulo procura responder sobre estes fardos desnecessários de maneira sucinta e objetiva: “Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas cousas, com o uso, se destroem. Tais cousas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor sacrificial; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade (pecado em geral).” (Cl 2:20-23)
        Outro impedimento que envolve diretamente os relacionamentos dos crentes com os ímpios, é a mesma discriminação judaica pelas massas sociais diferentes de seu padrão, ou seja, por homossexuais, eunucos, prostitutas cultuais, samaritanos, publicanos, mendigos, enfermos e demais pecadores. No entanto, Jesus comeu, bebeu e conviveu com estes tais excluídos das panelinhas religiosas dos Fariseus (Mt 9:10-13) e passou toda a sua vida e inclusive todo o seu ministério na periferia de Israel e nos demais cantos escuros do pecado, para levar vida aos doentes e vida em abundância. O Cristo era cego para estas características de cada um, pois o mesmo só conseguia enxergar vidas e apenas vidas que precisavam de seu senhorio. Portanto, não confundia “conviver” com “andar no conselho dos ímpios” e nem com “se deter no caminho dos pecadores” (Sl 1:1). E se a tua conduta ao lado destas pessoas era escândalo para alguns de seu “meio” (Mt 11:18-19), ele não se preocupava, pois já era provérbio que nem Ele poderia agradar a todos. Mas ainda fazia o que fazia de forma lícita e conveniente para cumprir a missão que o Pai lhe deu de ser ele e os seus discípulos, de fato, luz do mundo (Mt 5:14-16).
           Concordo que não somos deste planeta, somos embaixadores do Reino aqui. Mas ainda sim, para ser cristão, é necessário antes fazer parte da espécie humana, e é por isto que o Cristianismo não pode nos levar a atitudes extraterrestres para que alcancemos a santidade. Nadar contra a corrente, andar na contramão e ser diferente não é ser sal no saleiro (Igreja), é ser sal da Terra, na Terra e com a Terra (Mt 5:13), apenas se diferenciando das posturas iníquas do iníquos, mas crescendo, vivendo e sendo gente como a gente do Oriente e do Ocidente.

O que querem as mulheres?

Querem que os homens tenham a coragem que elas não possuem por natureza.
Querem que os homens tenham as atitudes ousadas que lhes faltam, para colocar em prática esta coragem.
Querem que os homens não repitam a indecisão delas na hora de tomar estas atitudes.
Querem que os homens não ajam com emoção, mas sim com razão quando assumirem estas decisões.

Enfim...

Querem Homens e não mulheres com pênis.

Enquete inquietante

Na mesma proporção que as virtudes e as graças da vida, o sofrimento existi em todas as esferas de nossa bioexistência, ou seja, se sofre por dentro (doenças e problemas psíquicos), por fora (enfermidades físicas ou psicossomáticas), e por influências externas e independentes do nosso corpo (acidentes e catástrofes naturais). E quando não se tem tais angustias para se prantear, chora-se também pelas aflições alheias. Mas por que sofremos tanto? Esta pode ser considerada uma enquete que inquieta e desestimula corações desde os primórdios do observatório filosófico da vida, e, para tanto, merece a nossa atenção.

Jesus não levou nossas dores (Is 53:4), pelo menos não literalmente, pois o mesmo já dizia: "No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo." (Jo 16:33). E por isto é inevitável, para qualquer um de nós, confeccionar um paralelo entre o deus utópico e irreal que se prega mundo a fora e as chagas diárias vividas pelos habitantes deste mundo. A nossa constante análise da pobreza, da violência, das mortes, da corrupção, das infelicidades, das epidemias de problemas, da nossa transitoriedade e das demais negatividades de nosso cotidiano, só nos torna cada vez mais insatisfeitos com a misericórdia e com o amor de Deus.

Entretanto, falta à sociedade desta e de todas as futuras gerações, colocar outro óculos para enxergar a dor com outros olhos, ou seja, os óculos do otimismo. A agonia é parcialmente ruim, mas não é totalmente. Ela só é maléfica no ato de quando faz alguém sofrer, mas e os seus posteriores e consequentes benefícios? Ninguém se lembra. Só a dor de pisar em um prego enferrujado pode fazer com que a pessoa que pisou saiba disto e, portanto, se medique para que não morra de Tétano; só a dor de ser picado por um mosquito transmissor de alguma chaga pode levar alguém ao conhecimento da picada, o fazendo procurar um médico. O que seria de nós se não existissem dores para indicar tumores ou feridas para se evitar mortes?

A dor, neste caso, não é só dolorosa, pois é também uma acusadora preventiva da possibilidade de dores piores. Não será isto positivo para os nossos poucos anos de vida? Assim sendo, conclui-se que todos os gêneros do sofrimento humano possuem também a sua positividade. Seja pelas obras de Deus (Jo 9:1-3), para mostrar o poder divino (Ex 9:16) ou para correção (Hb 12:6-7), não faz diferença, o sofrimento se faz presente e é necessário mesmo que às vezes para fins desconhecidos. Na maioria das vezes ou de um ponto de vista mais ousado: em todas as vezes, o sofrimento serve para que Deus, em seu último propósito, demonstre a sua dinâmica e multiforme graça, ou seja, Ele bate e assopra para que, através de suas palmadas, possamos ver a sua misericórdia em assoprar (Jó 5:17-18), mas nem sempre é o que enxergamos.

Não digo que é fácil aceitar o que escrevo. Escrevo que é fácil entender o que digo, mas só entender, admitir isto é desumano e divino demais para nossa observação. E por isto, rogo-vos que aceitais o único convite que lhes pode anestesiar tais dores: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.” (Mt 11:28-30). Esta última frase deixa claro que o reino de Deus não é um reino de ausência de dor, mas sim um império de analgésicos espirituais e de consolação para todas as manhãs.

Doutrinolatria

Sou Presbiteriano, e portanto, falo de dentro: se por um lado, há idolatria às imagens de barro e de ouro em forma de santos no Catolicismo, por outro, há adoração à “sã” doutrina por parte dos evangélicos reformados que repudiam essa primeira veneração. E se de um ponto de vista, existem cultos organizados e dirigidos por heresias da mente no universo neopentecostal, da vista de outro ponto, se cultua no meio tradicional as doutrinas que condenam estas apostasias. Entretanto, não sou presbiterianista, e por isto, estou fora dessa.
O contexto construtivo da linha de raciocínio Calvinista é de fato fascinante. Sua volta marcante à “Sola Scriptura” (Só Escritura) mexe com qualquer espírito patriota-celestial que queira seguir à risca os preceitos e princípios divinos. Todavia, tal esforço de retorno não pode transformar a singularidade de adoração a Deus em um “dobrar de joelhos” diante destes fundamentos ou perante o seu resgatador. Mas acontece o oposto: celebram com cultos (cultuam?) o nascimento e a morte de João Calvino (João ninguém perante Deus) e até estátua erigem em seu nome (lembra-se dos santos?).
Assim, confundir Deus com este conjunto de interpretações humanas a respeito Dele, tornou-se marca vigente de qualquer reformado desinformado que se preze. Daí, reuniram o material vetero e neotestamentário, e estabeleceram a “Confissão de Fé de Westminster”; depois, sistematizaram a narração do Novo Testamento e criaram a “Constituição da IPB”. Bem! Tal propósito não é negativo, de forma alguma o é. Entrementes, o valor que se dá a tais livretos é equivocado e displicente: uma inversão de valores. Deus doutrina, porém não é doutrina; Deus não é sistema e nem sistematiza nada (Isto é coisa de homem, de homem cristão).
Já testemunhei irmãos de Igreja dizerem: Eu amo a nossa doutrina. Então me pareceu que Jesus estivesse ensinado: “ame o batismo infantil como a ti mesmo” ou “toma o seu dízimo e siga-me” e até “Ide por todo mundo e pregai a predestinação a toda criatura”. Estes pensamentos, mesmo que no Tártaro do silêncio, são mais comuns do que se imagina. E foi através deles que a pregação do Evangelho tornou-se a teologia sistemática e que as reuniões dos discípulos se transformaram no Sinédrio Evangélico, onde se lê diariamente: "Pela doutrina sois salvos, mediante a sua confissão de fé, e isto vêm de vós, e não de Deus" (Ef 2:8).
Diante destes fatos, da inequilibrada essência de todos os homens e da imperfeição de suas instituições, posso afirmar com toda a sensatez: a IPB  prega explicitamente a infalibilidade das Escrituras, mas infeliz e implicitamente prega a infalibilidade de sua interpretação das mesmas. Mesmo assim, é preciso dizer ainda que toda denominação que se autodenomina “evangélica”, tem suas virtudes e mazelas. E portanto, nós não somos diferentes, aliás nem um pouco, pois cumprimos este requisito. Por isto, precisamos sanar esta falha comportamental de nortear os nossos louvores às diretrizes doutrinárias, e voltar a um outro não menos importante pilar da Reforma: “Soli Deo Gloria”, ou seja, só a Deus glória.

Aliteração graciosa

É engraçado quando alguém passa...
pelas páginas e não vê graça,
vê só Moisés, vê só a sarça,
vê a taça sem o vinho da graça.

Graça que está na praça onde tu passas.
Graça que perdoa a tua trapaça
e que ultrapassa a tua eficácia.

Graça que esquece a tua farsa.
Graça que leveda a tua massa
e que te consome como a traça.

Graça que se resume em graça.
Graça que dá fim a caça de mais graça.
Graça pra quem acha graça da desgraça.

Mais que instinto: amor

Este é um texto que não precisa de estética alguma, nem de poesias filosóficas para atrair você e outros leitores, pois a sua mensagem intrínseca já o transforma no mais belo conto verídico de amor dos nossos dias:

Esta é uma verdadeira história de sacrifício da mãe durante o terremoto no Japão. Depois que o terremoto acalmou, quando os bombeiros chegaram às ruínas da casa de uma jovem mulher, viram seu corpo através das rachaduras.
Mas a sua posição estava bem estranha... ela ajoelhou-se como uma pessoa que estava orando: seu corpo estava debruçado para a frente, e suas duas mãos estavam apoiando algo.
A casa caiu ... caiu em suas costas e cabeça. Com tantas dificuldades, o líder da equipe socorrista colocou a mão através de uma fenda na parede para alcançar o corpo da mulher.
Ele estava esperando que a mulher pudesse estar viva. No entanto, o corpo frio e duro disse-lhe que ela tinha morrido.
Ele e o resto da equipe deixou a casa e estavam indo para procurar o prédio ao lado que entrou em colapso. Por algumas razões, o líder da equipe foi impulsionado por uma força irresistível a voltar para a casa daquela mulher. Novamente, ele ajoelhou-se e através das rachaduras estreitas, pesquisou o pouco espaço de baixo do corpo.
De repente, ele gritou com entusiasmo: "Uma criança! Há uma criança!" Toda a equipe trabalhou em conjunto; eles removeram cuidadosamente as pilhas de objetos entre as ruínas, em volta da mulher, que agora passara a ser mãe. Havia um menino de 3 meses de idade enrolado em um cobertor florido sob o corpo cadavérico de sua mãe. Obviamente, a mulher tinha feito um último sacrifício para salvar seu filho. Quando a casa estava caindo sobre si, ela usou seu corpo para fazer uma capa sólida para proteger o filho.
O menino ainda estava dormindo pacificamente quando o líder da equipe o pegou. O médico chegou rapidamente para examinar o menino.
Depois ele abriu o cobertor e viu um celular dentro do dele.
Havia uma mensagem de texto na tela que dizia: "Se você puder sobreviver, você deve se lembrar que eu te amo."
Este celular foi passado de mão em mão. Todos que leram a mensagem se emocionaram. "Se você sobreviver, você deve se lembrar que eu te amo." Sem palavras para continuar...

No divã de Deus

A crença na existência de Deus é colocada em cheque desde tempos imemoriais. Diariamente ele é sentado no banco dos réus e é julgado pela limitadíssima racionalidade de suas criaturas. Através da imaginação fértil de algumas delas, nasceram outras teorias e possibilidades metafísicas para o sentido de estarmos aqui. Seja como for, se o acaso criou tudo, ele não se esqueceu de Deus, pois este existe e vem provando a sua existência desde os primórdios da civilização, através da perfeição do que criou: construção, organização e beleza. Com isto e com sua revelação especial: as Escrituras Sagradas, podemos dissertar a respeito dele:

          Deus existe; ele criou tudo o que existe; ele governa e preserva tudo o que existe (1 Sm 2:6-8; Jó 34:14-15). Ele é soberano sobre tudo e todos, e não há nada que fuja do seu controle. Em essência, Ele é espírito (Jo 4:24); é grande (Jó 36;26); é justiça (Hb 12:29); é amor (1 Jo 4:8); é bom (1 Cr 16:34); é luz (1 Jo 1:5) e eternamente perfeito em toda a sua composição. Deus é o Autor e Conservador de toda a vida (Nm 16:22). Não existe outro semelhante ou além dele (2 Sm 7:22).
          Deus não possui origem, não está preso ao tempo e não depende de nada para existir. Sua existência, por não fazer parte de nossa dimensão e observação, não pode ser compreendida nem estudada racionalmente. Por sermos limitados ao que Ele nos revelou, apenas possuímos uma idéia rasa e básica do que pode ser realmente o seu ser. Penetrar no mundo de Deus sem o sinal verde das Escrituras produz heresias, doutrinas de homens e ideologias extremistas.
          Deus possui um caráter tripessoal, isto é, em seu único ser existem três personalidades distintas em propósito, mas semelhantes em subjetividade. Estas três pessoas de forma alguma dividem o ser de Deus e muito menos o transforma em três, como alguns intérpretes querem entender. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são indiscutivelmente as três partes integrantes e inseparáveis de Deus, sendo cada uma Deus em si mesma, o que constitui um mistério irresovível para nós.
          Tudo o que acontece, o que não acontece, e o que poderia acontecer, está debaixo da vontade soberana e providente de Deus. Ele não erra, não se surpreende, não improvisa, não se arrepende, não fica em dúvida nem age ansiosamente. A essência de todos os seus atributos harmônicos e independentes entre si, é a plenitude de perfeição.
           Deus possui um plano mestre que foi arquitetado consigo mesmo antes de criar o mundo. Neste projeto, ele desejou criar o homem e desejou que ele o desobedecesse, para então demonstrar algo inefável: a graça salvadora. Deus não queria que um de seus agentes morais, ou seja, o ser humano, permanecesse perfeito e imaculado, pois desta forma ele não "poderia" executar a magnitude de seu amor no ato de salvar.
           Assim, precisamos satisfazer o requisito fundamental deste Deus para este ato da salvação: a fé em sua existência, o que resultará em obediência e em uma vida em conformidade com a Bíblia (a sua revelação).
           A respeito dele, isto é o suficiente e necessário. Suas outras particularidades são incognoscíveis. Sua extensão existencial é ultradimencional e por isto está infinitamente distante de nossa compreensão.

Encomenda para o carpinteiro: uma cruz

        Há exatamente 2015 anos atrás (considerando que Cristo nasceu em 4 a.c), nasceu na Judéia um jovem judeu chamado Jesus. Um menino comum, filho de carpinteiro e que mais tarde, aos seus 30 anos, tornou-se um revolucionário contra sua religião: o judaísmo ortodoxo.
          Parecia mais um profeta, um novo líder ou só mais uma voz no meio do povo. Entretanto, ao longo de sua jornada, ele começou a dizer algo que nenhum homem, nenhum louco e nenhum rei havia dito: Eu Sou Deus! Aquilo começou a incomodar os judeus da época, que achavam esta afirmação a maior blasfêmia da história da humanidade.
          Jesus começou a dar outra ótica para a legislação judaica, não uma nova lei exatamente, mas uma nova consciência diante dela. Desta forma, ele conseguiu alguns adeptos: discípulos verdadeiros de suas idéias. E assim, começou a fazer o que assusta até hoje a medicina e a ciência: milagres, curas, atos paranormais, e o mais impressionante: ele dizia possuir o segredo para salvar os não-judeus do inferno (um lugar espiritual de tormento que fazia parte da crença judaica).
          Por conseguinte, este ousado judeu que dizia ser o salvador do mundo, começou a ser perseguido pelos líderes de sua religião, que começaram a planejar emboscadas para o prender e o matar. Sabendo disto, um de seus seguidores decidiu entregá-lo, em troca de algumas moedas de prata. E então, este traidor que não me aventuro a citar o nome, arquitetou uma armadilha e através dela entregou Jesus aos romanos, que influenciados pelos judeus, mais tarde decretariam a pena de morte para o tal rebelde.
         O plano deu certo: Jesus foi assassinado na Palestina aos 33 anos, por violar a lei judaica, sendo crucificado no meio de dois ladrões. Na sua cruz foi colocada uma mensagem que tornou esta situação ainda mais intrigante: "ESTE É JESUS, O REI DOS JUDEUS.”
          Apenas 3 dias após atestada a sua morte, começou a correr um boato entre seus discípulos: Nosso mestre ressuscitou! Mas não era exatamente um boato, mas sim uma informação verídica e mais tarde testemunhada. E foi a partir dela, ou seja, desta frase e desta convicção que nasceu na prática o Cristianismo e a sua ideologia humano-espiritual. Assim também, os discípulos multiplicaram-se (a Igreja), os fundamentos de Jesus Cristo foram completados (a Bíblia), e cerca de 2000 anos se passaram.
            Hoje, quando lemos a Bíblia, entendemos que aquele carpinteiro havia sido prometido lá no início, na gênese de tudo (exatamente em Gn 3:15); compreendemos que os sacrifícios praticados pelos judeus durante todo o Antigo Testamento apontavam para ele, como uma espécie de símbolo de um sacrifício maior e desta vez: eficaz; e enxergamos que sua morte foi necessária para salvar a mim e a você (não-judeus) daquele lugar de ranger os dentes.
           Desta forma, nos dias atuais, possuímos a fé em toda a história contada na Bíblia, e através dela vivemos e nos movemos. Não somos irracionais ou crentes em lendas e mitologias. Não somos loucos que vivem de imaginação. O Messias foi histórico e comprovado pela história. Nossa Bíblia possui racionalidade e nunca foi contrariada pela Ciência. Afinal, somos dois bilhões de cristãos dos sete bilhões de pessoas no mundo. E agora, estamos aguardando o retorno triunfal deste Jesus ressurreto.

Limite-se

A cabeça é igual ao pára-quedas: só funciona bem quando aberta. Entretanto, existe um momento em cada ser humano em que sua mente se torna cauterizada e insensível para novas perspectivas. A partir deste instante, não há mais reflexões nem pensamentos sobre idéias opostas e alheias. Isto acontece com os maiores intelectuais. Mormente, tal fato não é totalmente negativo, pois há concepções veridicamente absolutas que nunca deveriam ser desacreditadas por meio de dialéticas filosóficas, como a crença na existência de Deus, que muitos abandonaram porque pensaram demais.

Creio, logo penso!

Não deixe que sua cabeça espiritual seja decapitada pela religiosidade tirana e imperialista de sua denominação. A doutrinolatria e as inclusões dos achismos evangélicos na conduta cristã, contamina a capacidade pensante e avaliativa de cada cristão e o transforma num boneco da obra, seja fantoche ou marionete. Portanto, mais do que pensar, bereie como os Berianos (Atos 17:11).

Do verde ao maduro

Em primeiro plano, a maturidade espiritual te faz discernir entre a letra e o espírito da lei. Depois, ela é o principal instrumento para uma autoconsciência contra jugos e legalismos humano-desnecessários.

Autismo conjugal

Casal que não se casa periodicamente não é par que se preze. E não me refiro somente à vida sexual, falo de vida conjugal. Qualquer união que se autodefina como casamento, pode não desejar, mas necessita urgentemente de um autismo a dois, ou seja, de um momento de “egoísmo matrimonial” e afastamento do mundo e seus jugos.
          Milhares de casais que já passaram pelo cartório e pelo altar, nunca se aproximaram do que realmente seja um casamento. Casar não é ignorar o outro no corredor, não é tratar o cônjuge como simples companhia em dias de carência e muito menos é dobrar o tamanho da cama de solteiro. Casamento não é brincar de casinha. Mas é sim um entrelaçamento de dois corpos, de duas almas e de duas individualidades que querem viver juntos as dores e as delícias da vida cotidiana. É a unicidade de duas histórias, de dois conjuntos de experiências e perspectivas, e também de muito pênis e vagina.
          Transar sempre na mesma cama, no mesmo quarto, com as mesmas posições e mesmas roupas (quando acontece!), não é a melhor opção para quem busca prazer na maior demonstração de amor conjugal: o sexo. Mas além dele, homem e mulher que um dia juntaram as escovas de dente, precisam de um tempo diário juntos, para se sentirem, se entreolharem, se tocarem com carícias e ternuras, e o mais importante: para dialogarem. Afinal, é o bate-papo íntimo na beirada da cama que muitas vezes atravessa várias barreiras emocionais e resolve problemas que antes eram gigantes.
          O tempo não serve para esfriar o relacionamento, mas para amadurecê-lo. E para tanto, a relação dos casais modernos, precisa ser recheada dia a dia, noite a noite, por novidades, surpresas, loucuras, ousadia, idéias, criatividade, pró-atividade, romantismo e uma intimidade profunda de segredos, desejos e muitos gemidos de alegria. Falta de educação broxa mesmo! Ausência de compreensão provoca infelicidade e muitas divisões.
          Contudo, o ideal para qualquer matrimônio são momentos de isolamento de tudo, seja filhos, trabalho, igreja ou qualquer outro tipo de socialização. Um período de viver um mundo próprio dos dois, assim como um autista o vive durante toda a sua vida. Uma ocasião de silêncio da televisão, de desligar os celulares, de trancar a porta e esquecer o planeta que os rodeia, lembrando-se apenas do amor que os une e faz deles uma unidade indivisível e eterna.

Equilíbrio=perfeição/ Perfeição=impossibilidade

Se considerarmos que o equilíbrio é, em algumas de suas particularidades, um sinônimo de perfeição, pode-se dizer daí que ele assim como ela, é inacessível ao espírito humano. E portanto, talvez seja mais conveniente escolher o melhor extremo de cada questão, ou seja, optar pelo mais saudável dos doentes: radicais ou liberais.
Não há ninguém equilibrado, pois não há ninguém perfeito.
O verdadeiro equilíbrio só existe na crítica de quem critica o desequilibrado. 
Portanto, ser extremista é a única opção e opções só existem nos extremos a se optar.
Enfim...desequilíbrio é normal, natural. É primordial para ser gente.

Os brincos da Coruja

Fui chamado e aqui estou.
Estou aqui, pronto para nadar contra a corrente, corrente da libertação de crentes já libertos, também contra os milagres que já possuem hora marcada, e contra o capitalismo meio-humano e meio-diabólico que é maquiado de Evangelho e vendido todos os dias, em todos os lugares.
Os Brasileiros assassinaram o Evangelho da graça! O Catolicismo no país mais católico do globo, conseguiu indireta ou diretamente contaminar os que protestavam contra ele. Nós, que chutamos a santa, chutamos o balde desta vez, e como os católicos e seus santos, demos início a nossa materialização da fé cristã. Através de lenços da benção, copos d’água, sal grosso, meias e até roupas íntimas, as Igrejas evangélicas e maquiavélicas estão justificando o Deus invisível.
Mas os fins não justificam os meios. Nem tudo que dá certo, é certo.
Daí, o pluralismo cristão tornou-se maior que o religioso, e por isto a guerra santa entre denominações transformou o púlpito que já possuía a sua negativa religiosidade, em uma fábrica de heresias, de novidades antropocêntricas, de prosperidades utópicas, de misticismo hipnotizante. Os líderes dinossauros do Evangelicalismo nacional estão divididos não só por milhares de ideologias, mas também por inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções e invejas (Gl 5:20-21). Pastores estão pregando contra cantores gospels. Blogs estão difamando estes pastores. Que inferno! Não aguento mais!
“Placa de Igreja salva!”: é o censo dos evangélicos. Afinal, “a mão de Deus está aqui” como diz o slogan comercial de uma igreja mundial. O marketing para atrair novos membros é monopolizar o poder de Deus. É manipular o divino.
Novos métodos: igrejoterapia, aliás, esta é a nova onda dos surfistas cristãos, que a cada maré de tempo se afogam em novidades e atualizações do Cristianismo. A igreja se tornou um clube social e o evangelho: um passatempo. Uma igreja hospital que atende em sua UTI, os desejos subjetivos e egoístas de cada um. Um espaço para desfile de moda pelos corredores eclesiásticos e um pouco de roupas indecentes. As pessoas não prestam mais cultos, porém o assistem ao lado de Deus. A ordem litúrgica é a desordem. 
Novas perspectivas: Pequenas Igrejas, grandes negócios. Aonde fomos parar? No mundo dos negócios. Com CNPJ e tudo o que temos direito. Aplausos para a Igreja. O altar evangélico que não é altar nenhum, tornou-se um picadeiro que só exibe a benção de Jesus e nunca o Jesus da benção, ou seja, expõe apenas o milagre, jamais o milagreiro. Afinal, o que um mero carpinteiro feio, pobre e que teve a morte mais indigna de todas, pode nos oferecer, além de suas curas e maravilhas? Portanto: “tragam os dízimos e ofertas em troca do milagre.” Trízimo, unção dos R$900, o aluguel de um mês e brinquedos vendidos para oferta, são alguns dos escândalos que nada diferem dos da política: caixa 2, mensalão, laranjas e outros. Parece-me que Jesus ainda grita: “...não façais da casa de meu Pai casa de negócio.” (Jo 2:16), ou seja, sem barganhas com Deus.
Mas é assim que a banda toca aqui. Talvez nem tenha mais volta. Está insuportável!
Não sei se cruzo os braços ou se levanto mãos santas (1 Tm 2:8).
...
De qualquer forma, é como disse Salomão:

Vaidade, tudo é vaidade!

Nós quatro

           Da mesma forma que o nosso nascimento físico dá início ao nosso relacionamento com os nossos pais, o nosso nascimento espiritual dá origem ao nosso relacionamento com o Deus triúno.
           Primeiro agente diz: Papai. Depois descobrimos que dele não fomos gerados, mas sim adotados. Ele, o criador de nós, os criadores do pecado, tem graça para nossa desgraça, tem misericórdia para a nossa discórdia. Afinal ele é pai sem mãe, sem creche, sem escola. É pai que não cai em desespero; é pai sozinho conosco. Papai é só para os íntimos e chegados: cristãos verdadeiros que esquentam o banco do céu.
           Não somos melhor que ninguém. Somos melhor que ninguém os mais dependentes de alguém. Este alguém é Jesus, chamado de luz, aquele cara da cruz. Como um bicho de pé, estamos aos seus pés, entrando em seu corpo, tornando-se seus membros e obedecendo aos seus comandos.
           Além deles, tem um espírito santo também, que atualmente está dentro de mim. Aliás, agora são dois dentro deste casulo. Mas é ele quem me governa e dita o meu comportamento. É ele quem me constrange quando falho no temperamento. Seu beijo é melhor do que seu tapa, mas qualquer um de seus tapas é melhor do que a sua indiferença. Ele me cutuca no Facebook; Twita com meus pecados e me faz entrar na melhor comunidade do momento: cidadão dos Céus.
           Enfim, cada um deste trio é gigante, é um rei que se relaciona com seus súditos de forma pessoal e transcendental. Não é relacionamento visível, mas é direto. Não é sensorial, mas está dentro de nós. Bate-papo com Deus é isto, consiste nisto e por isto você não vê. É fé no fato de que você não está falando com a sua imaginação; é saber que não está lendo um livro de fábulas e mitologias. Relacionamento esquenta, esfria. Ouvir cansa e falar descansa. De um jeito ou de outro, não há como escapar: ou por amor você busca a Deus ou ele te busca...pela dor.

O que vem primeiro?

Não entendemos para crer. Cremos para entender porque cremos.

Autodidatismo

          Realmente soa estranho quando ouvimos falar de um autodidata cujo talento dispensou os diplomas e certificados da universidade. Com uma facilidade para o auto-aprendizado individual e independente de um grupo de informações, é demasiadamente fácil para ele estudar sozinho com os livros, ou seja, ser um aluno sem turmas e sem professores. No entanto, em nossa esfera acadêmica, a matriz profissional tem repudiado firmemente o autodidatismo, isto é, tem feito dele um método inseguro e ineficiente para qualquer mercado de trabalho.
          A aptidão de se aprender alguma coisa na íntegra, seja por leitura, observação ou treino excessivo não pode ser descartada diante do empregador. Você tem curso? Onde está o comprovante dele? Estas perguntas-padrão feitas a candidatos de vagas em determinadas empresas, podem dar um enorme susto no entrevistador quando respondida desta maneira: Eu aprendi sozinho. E este baque aumentará ainda mais, quando o mesmo vir que a habilidade do tal aspirante é impecável para a tarefa almejada. Habilidade tal que um curso não o proporcionaria, mas neste caso um talento genético, uma dedicação exagerada ou um auto-empenho o transformou no melhor.
         Quantos são os que nunca frequentaram uma escola de canto e estão nos tops das músicas mais tocadas do momento? Dá para contar as pessoas que nunca fizeram um curso de Inglês, mas que o aprenderam perfeitamente em jogos, melodias e filmes estrangeiros? E os jogadores de futebol? Alguns que nunca tiveram a oportunidade de frequentar um time de base, mas que são descobertos ao acaso e se tornam estrelas mundiais? Raridade? Lógico. É dificílimo isto acontecer, porém é preciso sabedoria da sociedade para consagrar estes gênios e seus poderes. Não obstante, tais proezas também vão acontecer com Psicólogos que nunca matricularam-se em uma faculdade, com alguns Engenheiros que são chamados de pedreiros e com grandes Vendedores que só gostam de conversar. Será necessário novamente sensatez da sociedade.
         Desta forma, estas pessoas possuem uma capacidade profunda e intrínseca em si mesmas para o que fazem e gostam de fazer. Muitas vezes, elas nunca irão precisar de técnicas exteriores para aprimorar o seu desempenho, pois a sua idoneidade vocacional já é completa e peculiar em sua realização. Nasceram assim. Transformaram-se nisto. Aprenderam. Apreenderam. Empreenderão. São autodidatas.

Deus estranho

        De fato, são impressionantes e esquisitíssimos alguns atos Daquele que nos diz ser o nosso Criador. Seja pela limitação de nossa mente ou pela real esquisitice deste Deus, sem dúvidas Ele é totalmente estranho.
        Primeiro, Ele criou um ser que indubitavelmente iria se rebelar contra ele, não me refiro ao homem, falo de Lúcifer. Depois, criou outro cara que através da rebelião do primeiro, iria levar não só a terça parte de seus semelhantes, mas todos eles para um castigo eterno: agora, o homem. Sem nos aprofundarmos nestes acontecimentos, o que vem insistentemente à nossa imaginação quando tomamos conhecimento deles é somente uma coisa: Deus não acertou quando criou estes dois formadores de opinião. Quem não acertou fomos nós: Deus é onisciente.
        Pouco tempo se passou e Ele decidiu matar todos estes seres chamados de humanos, exceto uma família que de certa forma o agradara: a de Noé. Fora estas oito pessoas, ele afogou todos em um episódio aquático e trágico denominado Dilúvio. Entretanto, Noé era homem também, e portanto ainda estava contaminado pela rebeldia de seu ancestral. Mas por que Deus não matou a todos sem nenhuma exceção? Por que ele não extinguiu da Terra esta cadeia de desobediência apelidada de pecado? Por que deixou que continuasse da mesma forma? Não tem nexo.
        Muitos anos depois destes ocorridos, recebemos a notícia que de tanto tentar e lidar com esta sua criatura, Deus decidiu resolver o problema pessoalmente: se tornou o próprio homem que havia criado e se rebelado contra ele, para salvá-lo daquele castigo que já era a sua condenação por desobediência. Que coisa sem sentido: antes Deus cria o homem, depois se torna o próprio homem para salvá-lo do que Ele mesmo havia decretado: a sua morte. Mais uma ação incompreensível, diferente e exótica. Não sei!
        Talvez o motivo de tantas incoerências seja a Graça, este amor de graça, esta misericórdia que não passa, enfim: realmente não sei. Mas se penso Nele, me vejo com estas indagações e se não reflito a Seu respeito, acabo sem perguntas e sem respostas. O mais provável é que o ideal seja este: que ninguém O compreenda nem O alcance ou O veja. Afinal, ser Deus é algo único, intransferível e incognoscível. Portanto, para ser estranho para nós não é preciso muito, só é necessário ser transcendente, extra-humano e extraterrestre. É o caso de Deus.

Jesus só trouxe divisões

       Em Mateus 10:34-35, nosso querido Jesus diz que não veio trazer paz, mas espada, ou seja, “veio causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe, e entre a nora e sua sogra.” Contudo, além destes fatores que o Cristo desejava separar, ele acabou por dividir outros, que por sinal envolvem diretamente nossa existência: a História, a Bíblia e a nossa vida.
       De acordo com o Criacionismo, a gênese da humanidade ocorreu há cerca de 10 mil anos. Adão, o primeiro humano desta civilização, desencadeou todo o processo de acontecimentos temporais que aconteceram e acontecem, e que hoje são chamados de História. Mas então, algo inesperado ocorreu: o Egito Antigo, as guerras territoriais, o Hinduísmo, o Budismo, a filosofia grega, a ciência da China, os grandes reinos e os marcos que fizeram parte desta História, passaram a ser estudados sobre uma outra ótica linear: uma observação dividida, isto é, a partiram ao meio e colocaram neste vácuo de divisão o nascimento de Jesus Cristo, transformando a leitura do passado em “antes e depois dele.”
       Depois, com a transição entre Judaísmo e Cristianismo, surgiu um novo livro ou uma coleção deles, para complementar o Tanakh (livro sagrado dos Judeus e Antigo Testamento para nós). Este Novo Testamento que agora surge, é constituído de cartas e documentos a respeito das idéias transformadoras deste mesmo homem que partiu a História. Assim, foram constituídas as Escrituras Sagradas, e mais uma vez, o nascimento deste jovem judeu estava lá para provocar separação entre Antigas e Novas perspectivas.
       Dois milênios se passaram e agora a data de nascimento daquele Nazareno não é primordial nem fundamental. O que é significativo para os seus seguidores atualmente é somente uma coisa: a sua morte, pois é a mesma que separa a nossa vida entre não convertidos e convertidos, é ela que divide a nossa existência entre não salvos e salvos,  e foi tal que nos deu a amplitude de nossa essência e a cumplicidade de nossa missão: mostrar ao mundo que a divisão de Jesus existe para que haja uma união verdadeira e inversamente proporcional com o Pai.

Rápidas indagações sobre evangelização

Quanto custa fazer o bem?
Fazer sem olhar a quem?
Sem olhar o que a pessoa tem?
Jesus fez isto por você.

Quanto vive um homem?
70 ou 80 anos?
Esta é a média do Brasil.
Seu vizinho pode não chegar lá.

Qual é o valor de uma alma?
10 ou 20 centavos?
Assustou-se com o preço baixo?
É o valor que damos a quem não pregamos.

Por que não quero ir pro inferno?
Porque eu me amo, ora!
Mas se amo o próximo como a mim mesmo,
não devo tentar impedir que ele vá pra lá também?

Será tão difícil falar do amor?
Da graça do Criador?
De seu filho e sua dor?
De quando te salvou?
E de como nada te cobrou?

Enfim...

Durante quanto tempo você vai continuar?
A viver sem se questionar?
Sobre o ato de evangelizar?
Tá esperando o texto acabar?
Tá aguardando Jesus voltar?
O que falta pra começar?

Só falta você falar!

Imitando o sucesso

Como a água contorna os seus obstáculos, eu faço com quem me persegue.

Teologia: teoria e prática

Para ser um bom Teólogo, é preciso sair da biblioteca.

Guerra espiritual?

De um ponto de vista técnico, não há guerra espiritual, pois esta implicaria numa disputa justa de forças, e neste caso não temos dois deuses, mas um Deus do bem e uma criatura do mal.

O chato do elevador

    Falar do evangelho tornou-se um bate-papo melancólico, obsoleto e muitas vezes indigestivo. Há dois milênios, o mesmo Jesus é propagado entre as pessoas com o mesmo rosto e identidade: Filho de Deus e salvador do mundo. Entretanto, vesti-lo com uma nova roupa sem contudo furtar esta sua essência, pode ser uma nova configuração eficiente para não se transformar no chato do elevador.
      Você acha que existe alguém em sua cidade que nunca ouviu falar de Jesus? Provavelmente sua resposta será negativa. Então, para quê falar deste tal Cristo para elas? O fato é que o brilho do evangelho se perdeu no clichê e na falta de criatividade das palavras de quem o prega. Parece-me que só há um Jesus pregado na cruz e nada mais. Seus ensinamentos que mudaram o ocidente, sua psicologia estudada hoje, as curiosidades bíblicas, a antropologia de Paulo e as verdades científicas da Bíblia que podem realçar o interesse dos ouvintes, foram esquecidas como um Maracujá na gaveta.
       Além destas opções, para se apresentar o Cristianismo, mil maneiras são validas: teatro, pantomima, filmes, músicas, trocadilhos, poesia, imagens, desenhos e etc. Jesus nunca deu ênfase à nenhuma forma ou método para apresentar o seu Reino ao mundo nem postulou nada sobre modos incorretos de falar sobre o seu sacrifício. Pelo contrário, em sua trajetória como mestre, propunha métodos alternativos para ensinar os seus discípulos como: parábolas,  analogias, listas auto-explicativas e sermões bastante inovadores para a época.
     Concordo que de forma alguma estes fundamentos e ensinos podem ser alterados ou manipulados para agradar alguém ou algum grupo. O evangelho puro e simples é perfeito em sua forma e subjetividade, e não precisa de retoque nenhum de nossas mãos. Com uma mensagem cristocêntrica, o que precisamos maquiar são só os meios que usamos para alcançar as pessoas. E para tanto, é necessário desortodoxar o culto, os panfletos e nossa abordagem.
      Será muito difícil colorir com criatividade uma pregação de duas horas? Será errado vestir-se de palhaço para falar de Deus às crianças? Não é preciso misticismo ou teologia da prosperidade para atrair novos membros para as Igrejas. Não é esta a proposta do carpinteiro Jesus. Seu mandamento é: “fazei discípulos...”. Como? Usem o cérebro.

Povo antipolítico

São incontáveis os motivos que nos transformaram em uma nação antipolítica: corrupção, impaciência, ignorância e desinteresse pela Ciência da Polis (sociedade). Entretanto, estes fatores só tornam os problemas do Governo ainda mais monstruosos e agravantes para nós, pois se não cobramos corretamente ou se não reivindicamos os nossos milhares de direitos, o que os nossos representantes vão fazer ou temer?
            Dinheiro na cueca e não no bolso, obras superfaturadas, caixa 2, mensalão 1 e 2, laranjas, e outros apelidos para as fraudes dos políticos, transformaram o povo brasileiro em uma maquina de aversão à política publica. Vota-se porque é uma obrigação, pois se fosse direito como a constituição prevê, não seria preciso urnas nem filas nas eleições. Entretanto, esta nossa atitude também é uma corrupção, ou seja, é uma depravação de nosso compromisso e responsabilidade social como cidadãos patriotas. Nossa omissão perante o Governo Federal é crucial para que alguns membros dele se tornem cada vez mais corruptos diante de nossa indiferença.
            São também muitos os brasileiros que acham os seus trabalhos cansativos, mal remunerados e dificílimos de executar, e enxergam os políticos como ladrões preguiçosos do dinheiro público, que demoram a realizar obras, a cumprir com os seus deveres e etc. Estes homens pensam ser fácil representar um país mediante tanta cobrança, burocracia, legislatura, prazos, votações e assinaturas como acontece no Poder Executivo. Esquecem-se de que nenhum governante, desde o vereador ao Presidente da República, pode decidir ou realizar algo independente de uma extensa autorização hierárquica e liberação de verba.
Não sabemos a diferença dos três poderes da União, não acompanhamos a distribuição dos impostos que pagamos, não elegemos bem, não conhecemos as funções de cada político, e ainda queremos um verdadeiro Estado Democrático de Direito, um Estado Laico para todas as religiões, uma nação livre de preconceito, um crescimento exageradamente rápido: mais educação, muita saúde e segurança. Queremos um salto na economia, mas não sabemos quem é o seu ministro. Queremos um país melhor, mas você sabe quem é o Vice-Presidente do Brasil?
Sim, existem vilões no Congresso e no Senado, que roubam dos pobres para dar aos mais ricos (uma espécie de Robin Hood ao contrário). Sim, existe lavagem de dinheiro nos núcleos mais importantes da política brasileira. Entretanto, abandonar sem esperança a sétima economia do mundo, por causa dos erros e crimes de alguns corruptos da nossa geração, é idiotice e infantilidade nacional; é fazer do Brasil uma idiocracia de desinteressados por aquilo que mais nos interessa: nosso futuro.

Carne fraca?

A fraqueza da carne encontra-se no fato de a mesma ceder aos prazeres ignóbeis que a alma repudia. No entanto, de um outro ângulo, pode-se concluir que a carne é forte, muito forte, pois ela vence diariamente a mesma alma que a torna fraca e insignificante. Assim, ela batalha, guerreia e frequentemente torna-se vitoriosa perante os gozos hediondos de nosso cotidiano.

Quantidade ou qualidade?

É preferível deixar a Igreja vazia de pessoas, do que enche-la de pessoas vazias. Portanto, não se preocupe em fazer da Igreja uma multidão, mas faça do céu tal proeza.

Utopia cristã

Utopia, é fazer com o dobro da idade de Cristo, metade do que ele fez.

Replay de Cristo

O homem é a coroa da criação; os cristãos são as pedras da coroa, e estas precisam brilhar, pois existe uma grande diferença entre ser cristão e ser um cristão que faz a diferença.

A Síndrome da Pólvora e a Teologia contemporânea

     O sistema humano-comportamental e religioso baseia-se muitas vezes em diversas informações falsas, que aparentam coerência em seu conteúdo, e por assim serem vistas, são propagadas e não criticadas, formando um complexo de senso comum que leva a sociedade a uma involução inevitável.
          Diante disto, ocorre entre os intelectuais de renome e os críticos de plantão, um fenômeno que sempre vejo passar despercebido entre os grupos sociais. Algo que contagia a massa inteligente da sociedade e desmoraliza ainda mais este didático e negativo senso (o comum).
        Tal fenômeno, se posso assim chamá-lo, denomino de “Síndrome da Pólvora”, pois sua essência encontra-se na “descoberta”, e nada melhor do que a Pólvora para simbolizá-la. Porém, não me refiro a mesma com o seu sentido literal e semântico, mas falo de “descobertas” teóricas, e de homens que não as concluíram por pensar diferente, mas para ser diferente. Homens que assim vão dizer: violência não gera violência ou até que o Aquecimento Global é uma farsa. Tais afirmações podem ser sim fruto de opinião pessoal, mas diversas vezes são resultados desta Síndrome, que os faz pensar: o consenso de todos sempre é uma ilusão.
          Posso citar de forma considerável as palavras de Ed Renê Kivitzs: “De tempos em tempos, surge alguém e ‘prova’ que Deus não existe. Depois disto, aparece outro alguém, e prova o contrário. Com o passar dos anos, o debate deixa de ser sobre a existência de Deus, e passa a ser sobre quem é mais inteligente.” Da mesma maneira, muitos pensadores modernos o fazem, isto é, não focam no bem comum causado pelos seus pensamentos, mas preferem correr atrás da Pólvora, que só os engrandecem pelas palmas, elogios e tapas nas costas..
      Considerando o fato de que este mal não se manifesta em campos exatos como a Matemática e seus derivantes, só a veremos agir naqueles que manipulam ciências interpretativas, como na Teologia os seus Doutores. Esta matéria sim é vítima de enormes Colombos, ou seja, homens que saem e não sabem aonde vão; chegam e não sabem onde estão.
           Concordo que os processos pelos quais uma pessoa recebe, interpreta, retêm, e transmite os dados de sua experiência não são uniformes. Isto significa que a mesma experiência pode ser recebida, interpretada, retida e transmitida pelas pessoas de forma diferente. Sendo assim, não há uniformidade no pensamento humano. Por isso respeito aqueles que pesam diferente de mim. Entretanto, isto não exclui o fato de que o Cristianismo possui fundamentos e pilares irremovíveis, e que estes não podem ser manuseados de forma displicente e equivocada por ninguém, pois não somos mestres do cânon (Bíblia), mas servos dele.
         Mesmo assim, é só visitar qualquer mídia informativa que se verá cada vez mais descobertas esdrúxulas a cerca deste Deus “manipulável” às nossas conveniências. Lembro-me do pedreiro e “Pastor evangélico” Justino de Oliveira, de Serra, na grande Vitória (ES), que começara a ensinar a poligamia por ler a palavra “adultera”, ao invés de “adúltera”, em Oséias 3:1. Se só considerarmos as “sagradas letras”, para explicá-la teremos além da tríade monoteísta: Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, as múltiplas seitas e seu exclusivismo sectário.
            Vendedores tornam-se apóstolos, e motoristas são consagrados bispos da noite para o dia. Quem será o próximo a fundamentar uma grande Igreja, seja ela universal, internacional ou mundial? Quem será a próxima Coca-Cola do deserto? Nos dias atuais, o que se vê de pior, é a ousada afirmação de uma Igreja contemporânea: “Deus não condena a homossexualidade”. Desta forma, conclui-se que o pluralismo cristão é maior que o religioso, pois todas as suas vertentes imaginam ter encontrado a Pólvora teológica da interpretação.
           A teologia em sua pureza, vem sobrevivendo a ataques desde tempos imemoriais. De início, ela sofreu a bastarda influência do Gnosticismo; depois passou pelo paganismo de Constantino e foi mutilada na Idade das Trevas. Mais tarde foi por completa racionalizada pelo pensamento Iluminista, chegando até nós, como alvo do prazer subjetivo e fonte de engrandecimento intelectual. Assassinaram o evangelho da graça. Assim, só me vem duas indagações a mente: onde está o simplório estudo de Deus nascido na Igreja Primitiva? Onde está a verdade doutrinária dos Pais da Igreja? Se hover resposta plausível, o que escrevi, não faz sentido.

Herrar é um mano

Herrar joga bola,
e não falta na escola.
Só não faz tudo certinho,
porque na prova pega cola.

Brinca e faz amigos,
tira riso dos antigos.
Mas só não faz tudo certinho,
porque só olha o seu umbigo.

Assim é sua vida,
uma infância colorida.
Só não é todo perfeito,
porque brigou na avenida.

Este menino é arteiro,
é criança de terreiro.
E só não é todo certinho,
porque chinga o dia inteiro.

A noite vai na Igreja,
e lá diz muito: _Assim seja!
Só não é todo santinho,
porque já bebe uma cerveja.

Põe seus erros sob o pano,
menino novo, de 13 anos.
E quando alguém o repreende,
ele já diz: errar é humano.

Arma letal

A verdade é uma arma letal, pois qualquer um tem o seu poder em mãos, e não há masoquista que tenha prazer nela. Ela é dura, nua e cruelmente crua.

Gênesis 0

Antes de criar o mundo, um bate-papo aconteceu:

        _Eu vou fazer o universo - disse o pai.                            
        _Você vai fazer móveis - disse o pai para o filho.
        _E você espírito, que se acha muito santo, vai fazer
        as pessoas acreditarem que eu fiz o que fiz,
        mas que meu filho é um mero carpinteiro.
       
        _Pessoas? Mas o que são pessoas? - disse o espírito.
        _Ah! Pessoas serão a minha mais ousada criação,
        pois as farei à minha própria semelhança, e nada mais
        ousado do que eu né?! - respondeu o pai.
       
        _Eu quero algumas delas para mim - afirmou o futuro
        carpinteiro.
        _Por que as queres meu filho? Você não está vendo
        que elas se rebelarão contra mim? Acho que vou acabar 
        matando todas elas de um jeito ou de outro - falou o pai 
        firmemente.
       
        _Matar? O que é matar? - indagou novamente o espírito.
        _É tirar você de dentro delas - disse o todo poderoso.
        O filho intrometeu-se dizendo: _De forma lguma isto
        irá acontecer meu pai; não deixarei que as mate sem
        antes lhes dar uma chance!
       
        _Como ousa? - disse novamente o pai.
        _Ora! Esqueceu que ousadia também faz parte
        da minha essência?! Eu vou morrer no lugar delas,
        não sei como, mas as amo, as quero, e sendo seu filho,
        posso ressuscitar depois! - falou o único filho daquele velho pai.
       
        _Como assim: ressuscitar? O que é isto? - bradou o espírito.
        _É voltar a viver, é vencer a morte! - respondeu o pai.
        E voltando-se para o seu filho continou: _É arriscado demais!
        Você precisaria sofrer a dor de todas elas de uma só vez,
        sem contudo me desobedecer.
        _Eu aceito; será difícil, mas valerá a pena, pois elas de
        alguma forma tornaram-se preciosas para mim - afirmou o 
        garoto.
       
        O espírito continuou: _Mas e eu? O que ei de fazer exatamente?
        O pai, convencido da situação, respondeu: _Está combinado,
        você meu filho, morrerá por estas pessoas,
        para salvá-las da morte que merecem por me desobedecerem;
        e você espírito...você colocará no coração delas tudo o que te
        respondi hoje: quem elas são, o que merecem,
        e o que meu filho fará por elas.
       
        E então o espírito sem saber o que responder, fez uma última  
        pergunta: Pai, o que é um coração? E desta vez, o filho sorrindo
        respondeu: _É o que nos move a fazer tudo isto!
       
        Assim, tudo correu e corre como o planejado...

Harmonia: equilíbrio

A busca pelo "feliz para sempre" é positiva. Entretanto, seu segredo não é somente o pensamento positivo, mas é essencialmente o equilíbrio.

Equívoco comum

Crer em Deus, não é aceitar a sua existência, apenas por ser a opção mais lógica.

Deus antidemocrático

Diante do Estado Democrático de Direito, onde o Estado se subjuga às leis que edita, Deus é feito antidemocrático, pois naturalmente não se submete e nem pode ser submetido aos princípios que criou, salvo quando ele decide fazer o oposto.

Eu, um filho de Deus?

Quando pensei que dominava o idioma português,
ele me apresentou Portugal.
Depois, decorou minha casa, vestiu minha pele e
afastou meus males.

Vi inimigos, ele os venceu. Também os venci,
e ele criou outros para mim.
Ninguém o entendi, e eu não o vejo. Ele é mais que o mais, e tanto, que já não sei.

Subo e cresço, e dele não me aproximo.
Tento e me canso, até a madrugada.
Ah! Ele gosta de me ouvir nesta hora.
Já eu, o ouço quando desejo.

Erro muito com ele, e ele comigo, pois me ama tanto,
quando só amo o erro.
A única coisa que o domina, é uma de suas criaturas: o amor.
Este, me bate e assopra, e me faz entender os atos de seu autor.

Por isto, é péssimo viver ao seu lado,
o ideal é estar sempre nele, por ele e para ele.
Ele é uma crença, às vezes conveniência.
E só é Pai para mim, quando os males retornam.

Orkut e Iogurte: a nova geração

Os pais que nunca confundiram a palavra Orkut com Irgurte, que atirem a primeira pedra. Mas na verdade, eles não foram totalmente ignorantes por isto, pois estes dois termos caracterizam de forma especial a nova geração de jovens e adolescentes: os urbanos e contemporâneos.
O site orkut.com, uma grande máquina de relacionamentos virtuais, só foi a pólvora de explosão para os demais núcleos deste tipo de domínio, como o Facebook, o Twitter, os blogs, os flogs, e tantos outros. Esta vinheta da juventude atual, não consegue e não deseja viver sem os cliques e postagens da web, assim como os seus pais não puderam viver sem os ritmos da Bossa Nova, na década de 60.
Mormente, este fascínio pela digital e tecnológica internet, está trazendo graves prejuízos ao desenvolvimento cognitivo desta geração. São muitos os que trocam os livros didáticos por redes sociais, e substituem a cultura nacional pelas páginas, fotos e comentários de suas comunidades virtuais. Nada contra a modernidade, porém, este comportamento está transformando a mesma em futilidade.
E não é apenas esta globalização visual que tem prejudicado a nossa juventude. O capitalismo do “Iogurte”, do Shopping, da moda, do comércio da imagem, também tem a sua culpa neste processo de vulgaridade. Será que se a Ditadura Militar acontecesse hoje, existiriam jovens com ideologia suficiente para enfrentá-la com energia e sede de democracia, como ocorreu no passado? Penso que não. O “basiado” na universidade não significa mais nada. Os cabelos estilosos que lutavam contra o sistema, agora só fazem parte de modinha e tribos sem verdadeiras perspectivas sociais. Este novo rosto da juventude não é mais pintado para fazer protestos, não é mais usado para enfrentar os vilões da liberdade. Agora, ele é maquiado de uma orelha a outra por fortes cores superficiais, e por batons caríssimos do momento.
            Portanto, é preciso reorganizar o tempo e os prazeres destes meninos modernos, voltando a mostrá-los o significado importante de um bom livro, de uma boa música, dos estudos, da responsabilidade social que temos, da sustentabilidade do Planeta, das amizades reais e não virtuais, das verdadeiras paixões,...enfim: da vida como ela é, e não como é apresentada e colorida pelas mídias seculares da nossa década.

Seres biodegradáveis

            "Através da ONU", controlamos o Globo; mas se fazemos parte deste, não somos controlados da mesma forma? Ao menos, somos soberanos dentre as espécies; mas sabe? Estamos a perder este posto também, pois somos os únicos, repito: os únicos, que produzem lixo, e que possuem a capacidade de egocentricamente...explodir o planeta. Aí, não seremos menores ou maiores, mas protagonistas da nossa involução.

Democracia e Progresso

            Antes de tudo, Democracia é considerar qualquer opinião como passível de erro; é enxergar qualquer absurdo como plausível de avaliação. Depois, é o instrumento de todo o progresso.

Terra e Guerra

            Planeta Terra: um lugar onde só vive em paz, quem aprende a lutar. Se cada "eu" deste conjunto, se armasse apenas de ética e compreensão, teríamos ORDEM E PROGRESSO, como diz a Bandeira.

O injusticeiro

            Se o Brasil fosse alguém, não sei quem seria; mas o que faria sei bem: o contraposto de Robin Hood, ora! Despiria dos pobres a sua pobreza, e daria esta pouca riqueza aos nobres e Senhores. Entretanto, este país não precisa ser nenhum alguém, pois já não ajuda o pobre ninguém, e disto não digo: amém. Devo aliás, criar um novo ladrão, para as estórias e lendas urbanas: Brasil, o injusticeiro.

hOMEM

            A sociedade está desprovida de verdadeiros homens. Pagar a conta, prover carinho e proteção, não podem ser agrados esporádicos, pois são deveres da natureza masculina. Portanto, é preciso que voltemos ao cavalheirismo histórico, e que façamos hoje, como aqueles que venceram feras no passado, em favor de sua amada. Por isto lembremo-nos sempre: mulheres não são macacos para gostar de bananas.

Inevitável

O sistema humano-comportamental baseia-se em informações falsas, que parecem coerentes, e por assim serem vistas, são propagadas e não criticadas, formando assim um complexo de senso-comum, que leva a sociedade a uma involução inevitável.

Pais e amor

Paz e amor, não podem ser os únicos pilares da educação contemporânea. Esta, com todo o conhecimento pedagógico e psicológico alcançado no séc.XXI, precisa ser alicerçada em três princípios elementares: exemplo, dedicação de tempo, e disciplina dos pais. Estes fundamentos são independentes e harmônicos entre si, não existindo portanto, nenhum mais importante que o outro; pois só haverá uma educação saudável, quando os três estiverem presentes.
“Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”; este ditado popular e negativo, não pode de forma alguma existir no seio familiar. A criança, que está em desenvolvimento cognitivo, necessita de observar um ótimo comportamento daqueles que são a sua referência de existência: os pais. Assim, é que ela formulará a sua bagagem ética e moral diante da sociedade e atrairá para si o sucesso nas relações sociais. E é para tanto, que cito este excelente exemplo de procedimento dos pais: dar exemplos.
Infelizmente, nesta era moderna da história, temos outro problema a se considerar: tempo de sobra. Este fator está distante e exterior a qualquer adulto que almeja um espaço num mundo globalizado. Entretanto, não é o resto de nosso tempo que deve ser dedicado a educação dos filhos, pois os mesmos precisam da resolução de seus problemas, de atenção as suas dúvidas, e de investimento em seu caráter e personalidade. Trabalhar exageradamente, apenas para alimentar, vestir, e prover lazer, sem contudo proporcionar a devida educação, é trabalho vão e sem sentido. Se dedicar tempo às nossas responsabilidades cotidianas, é prioridade de vida, quão superior deve ser então dedicá-lo ao nosso maior compromisso: a formação de nossos filhos.
Da mesma forma, a disciplina precisa indiscutivelmente entrar em vigor, quando for necessário o seu uso e aplicação. O diálogo deve permanecer nos limites da obediência, mas quando estas fronteiras forem desobedecidas, algo especial precisa ser feito pelos pais: restrições de prazer, limitações temporais, e algumas obrigações de aprendizagem são métodos disciplinares eficientes e desenvolvedores. E por motivos de força maior, a disciplina pode ser executada até por castigo físico; já dizia o sábio Salomão: “Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá.” A correção provém de amor zeloso, de cuidado de alguém, que muitas vezes nem sabe a hora em que está com fome; e serve extraordinariamente para ensinar o caminho em que a criança deve andar.
Contudo, é importantíssimo que a educação paterna e materna esteja estruturada sobre estas três colunas. Elas formam o triângulo amoroso dentro da família, e regem o sentimento que coordena ou que deveria coordenar todo e qualquer relacionamento entre pais e filhos: o amor. Esta sim deveria ser a educação que vem de berço. E é com ela que também estaremos contribuindo diretamente para que em eras futuras, nasça outro bordão entre nossos jovens: pais e amor.

Minoria

Em primeira instância, é preciso discriminar-se os termos: homossexualidade e homossexualismo. O primeiro trata da atração ou relacionamento sexual entre pessoas do mesmo sexo. O segundo é uma ideologia, ou seja, uma tentativa de implantar na sociedade moral, a total aceitação do primeiro termo. Entretanto, esta sociedade a que me refiro, ainda repudia qualquer manifestação contra os poderes divinos e naturais (falo da Igreja Cristã).
O cristianismo define como incorreta a relação homoafetiva por vários motivos, dentre eles, o mesmo que condena a zoofilia: a continuação e manutenção da espécie humana, como de qualquer outra, depende da heterossexualidade. Assim, pode até parecer clichê, mas os cristãos não são homofóbicos, pois eles ainda discordam apenas de forma civil e constitucional. Já os círculos de manifestação gay, estão revelando-se cada vez mais teofóbicos, pois já vilipendiaram até símbolos religiosos Católicos na última parada gay em São Paulo.
Para tanto, foi nesta década, que o homossexualismo no Brasil colocou-se nu diante da nação. E desta forma, hoje exige do Estado que as Instituições religiosas o reconheçam e o respeitem. Tal desejo não é negativo, mas desnecessário, pois a verdadeira moral contida na religião, já conduz seus praticantes à indiferença de respeito desde os primórdios de sua origem. Por isto, em nenhum momento da história Brasileira, os homossexuais foram atacados pelos Cristãos, a não ser indiretamente, pela superior coerência antropológica e pela sua sempre maioria de adeptos.
“Posso não concordar com uma única palavra do que você diz, mas lutarei até a morte para que você tenha o direito de dizê-la.” Penso que estas palavras de Voltaire deveriam nortear qualquer dialética filosófica em nosso país, pois é esta democracia que muitos patriotas alçaram na luta contra a ditadura militar. Mas atualmente, a minoria LGBT deseja privilegiar-se sobre 150 milhões de brasileiros que não foram ouvidos, alcançando assim uma supremacia ideológica, onde nenhum civil poderá opor-se a ela, salvo quando for condenado.
São tempos sombrios, não há como negar. Nosso país jamais enfrentou ameaça constitucional maior do a que enfrenta hoje. Mas agora digo aos nossos cidadãos: nós, seus compatriotas, iremos continuar defendendo a sua liberdade e repelindo as forças que querem tirá-la de vocês. O Cristianismo continua... forte.