Jesus só trouxe divisões

       Em Mateus 10:34-35, nosso querido Jesus diz que não veio trazer paz, mas espada, ou seja, “veio causar divisão entre o homem e seu pai; entre a filha e sua mãe, e entre a nora e sua sogra.” Contudo, além destes fatores que o Cristo desejava separar, ele acabou por dividir outros, que por sinal envolvem diretamente nossa existência: a História, a Bíblia e a nossa vida.
       De acordo com o Criacionismo, a gênese da humanidade ocorreu há cerca de 10 mil anos. Adão, o primeiro humano desta civilização, desencadeou todo o processo de acontecimentos temporais que aconteceram e acontecem, e que hoje são chamados de História. Mas então, algo inesperado ocorreu: o Egito Antigo, as guerras territoriais, o Hinduísmo, o Budismo, a filosofia grega, a ciência da China, os grandes reinos e os marcos que fizeram parte desta História, passaram a ser estudados sobre uma outra ótica linear: uma observação dividida, isto é, a partiram ao meio e colocaram neste vácuo de divisão o nascimento de Jesus Cristo, transformando a leitura do passado em “antes e depois dele.”
       Depois, com a transição entre Judaísmo e Cristianismo, surgiu um novo livro ou uma coleção deles, para complementar o Tanakh (livro sagrado dos Judeus e Antigo Testamento para nós). Este Novo Testamento que agora surge, é constituído de cartas e documentos a respeito das idéias transformadoras deste mesmo homem que partiu a História. Assim, foram constituídas as Escrituras Sagradas, e mais uma vez, o nascimento deste jovem judeu estava lá para provocar separação entre Antigas e Novas perspectivas.
       Dois milênios se passaram e agora a data de nascimento daquele Nazareno não é primordial nem fundamental. O que é significativo para os seus seguidores atualmente é somente uma coisa: a sua morte, pois é a mesma que separa a nossa vida entre não convertidos e convertidos, é ela que divide a nossa existência entre não salvos e salvos,  e foi tal que nos deu a amplitude de nossa essência e a cumplicidade de nossa missão: mostrar ao mundo que a divisão de Jesus existe para que haja uma união verdadeira e inversamente proporcional com o Pai.

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