Patologia na crítica

           A crítica é uma avaliação metódica e prática que é feita de forma correta quando é baseada na comparação da informação a ser criticada com uma fonte onde naturalmente as informações são de cunho confiável para o crítico. No entanto, quando ela se torna cotidiana, detalhista e tirana no manuseio de seus usuários, está na hora de se repensar a seu respeito.
          Já dizia o provérbio chinês: Prego que se destaca é martelado. E para tanto, é surpreendentemente necessário o uso da crítica saudável e construtiva no mainframe da sociedade e em especial nas ferramentas da mídia. Sem ela, não há mudança das mazelas, nem reflexão da população e muito menos há ações da corte nacional, que por se omitir e detestar tal análise de seu desempenho, atrai cada vez mais os bobos da corte da Televisão Brasileira, das Charges, jornais e veículos de informação que torturam os políticos e seus Perus e banquetes.
          Sendo assim, todos os dias nascem nos canais e anais da Internet, novos rostos pops que querem ter o título de críticos em potencial das doenças sociais. Só que esta tal maternidade de neo-intelectuais que está se formando no âmbito da tecnologia da informação, aparenta realmente positividade, mas já está saturada, porque ela mesma não se critica e ninguém faz isto em seu lugar. O humor não tem mais limites; a vulgaridade de alguns programas nunca os teve; O sensacionalismo se espalha por todas as redes da TV e sobretudo pelas redes sociais. Não se olha mais a defesa do criticado, porque isto não é crítica, é julgamento absolutista de uma inquisição sem precedentes.
          Por isto, neste momento advirto a todos os que se autodenominam estes examinadores dos fatos que ocorrem em nosso país, que é preciso aprender a elogiar quando se faz direito, a bater palmas quando se há honestidade e a apertar a mão daqueles que se destacam para o bem. Falemos de tudo com ponderação, bom senso e ética, respeitando a dignidade da pessoa humana, o bem-estar, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, ou seja, não façamos como aqueles que criticamos.

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