Deus: fé ou fato?
O problema de “Deus”, ou seja, o questionamento sobre a existência de
“Deus” remonta às primeiras civilizações. Se havia homens, havia crença
ou descrença teísta, jamais indiferença. E hoje não é de outro modo.
Mesmo os que se dizem agnósticos, afirmando não crer na acessibilidade
humana a qualquer verdade absoluta, descreem em mesma medida, pois esta é
apenas uma postura eufemística para abrandar o rótulo de cético ou
ateu.
Se for fé ou for fato, é interessante ressaltar que além
de debater a existência de uma divindade, outras indagações sempre
surgem inevitavelmente neste processo filosófico. Se Deus existe, como
existe? Qual religião ou ideologia o define e se relaciona com ele de
forma assertiva? O que lhe é peculiar? Qual é a sua origem? Qual é a sua
natureza? Veja que apenas acreditar não satisfaz a todas as variantes
do problema. É preciso uma teologia sistemática para aquietar o espírito
humano.
Por ora, vamos a uma solução simplória: Deus existe.
Esta afirmação é um pressuposto, eu assumo, pois reconheço que provar a
existência de Deus é impossível, posto que o que nos pode provar
limita-se somente a evidências tangíveis e concretas, e que apenas o
método científico da experiência poderia nos valer como conclusão cabal
deste axioma. No entanto, se não posso provar o que digo, posso provar
que o que digo está dito em um livro que pode ser experimentado pela
ciência. Falo da Bíblia.
Entre o ateísmo contemporâneo há o
argumento de que se a Bíblia prova a existência de Deus, os gibis
folclóricos, por exemplo, provam a existência do saci e da mula sem
cabeça. A intenção pérfida destes que assim se posicionam, é inferir que
papel aceita qualquer coisa e que, portanto, um livro aceito por
determinada religião como conjunto de verdades absolutas, não pode
provar aos que não comungam desta fé, o que nele se afirma.
A
priori, este argumento é um fato, posto que, de fato, papel aceita
qualquer coisa. No entanto, quando ele é proferido para destoar do
conteúdo bíblico, seu sentido torna-se inaplicável. Para evidenciar de
forma incontestável que a Bíblia trata de realidades, é só comparar
algumas de suas informações com os postulados e leis universalmente
aceitos na comunidade científica. Isto se chama método indutivo.
Milênios antes de qualquer observação, descoberta ou teste pela
Ciência, a Bíblia já nos trazia dados como: a Terra está suspensa sobre o
nada (Jó 26:7); o Sol é maior que a Lua (Gn 1:16); o núcleo da Terra é
formado por fogo (Jó 28:5); a Terra é redonda (Is 40:22; Jó 37:12); o
sistema circulatório é a fonte da vida (Pv 4:23); a Lua possui
influências sobre o mar (Jr 31:35); há um ciclo hidrológico regular (Jó
36: 27-28; Ec 1:7; Is 55:10); dentre outras ousadas afirmações.
Assim, diante do exposto podemos nos indagar: qual a probabilidade dos
escritores da Bíblia terem acertado todas as suas asseverações
científicas, utilizando apenas uma intuição primitiva? Seria este um
golpe de sorte perfeitamente certeiro ou consequência de uma
acessibilidade a algum tipo de revelação? Penso que qualquer cientista
sensato chegaria à veracidade da segunda opção. E se há revelação, esta
só poderia ser proveniente de um Deus. E se há um Deus, este só poderia
ser constatado a partir de uma fonte confiável.
Como a Bíblia,
experimentada a partir do método indutivo, já nos demonstrou uma extrema
precisão em seu conteúdo científico, o qual não foi adquirido por
experiências e pesquisas, mas, alcançado através de revelação divina, só
ela, então, pode ser a fonte exigida para se definir quem foi este
revelador, resolvendo, portanto, o problema de “Deus”. Assim sendo, eu
consigo provar o meu axioma proposto, visto que a Bíblia o confirma
categoricamente: “Deus existe”.
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