A graça da tentativa



Deus não nos requer a execução de Sua vontade, posto que, para tanto, deveria existir em nós, a possibilidade de acerto pleno, excluindo-se, assim, por inferência lógica, a necessidade da graça.

Deus exige de nós a tentativa, que, executada e, por ainda ser tentativa, gera sucesso ou insucesso, mas que para Ele, sabedor de nossa impossibilidade de acerto pleno, tal tentativa torna-se eficaz como se o acerto pleno fosse.

Ser de Deus, portanto,

É tentar resolver todos os problemas do mundo, mesmo sabendo que estes são frutos de nós mesmos.

É tentar ser perfeito, mesmo frente à declaração de que isto é impossível.

É tentar converter corações, mesmo tendo certeza de que é o Espírito quem converte.

É tentar entender o ser de Deus, mesmo sabendo que, para isto, ele nos deu a fé.

É tentar ler a Bíblia como o jornal da manhã de hoje, mesmo conhecendo a sua antiguidade.

É tentar orar como convém, mesmo sabendo que oramos como nos convém.

É tentar amar como a si mesmo, mesmo se amando como ninguém.

É tentar e, na tentativa, ser aceito sem acerto.

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